Os convidados de qualquer casamento (principalmente as mulheres) passam dias e dias a pensar e muitas vezes a comprar a "toilette" para usar naquele que parece ser um verdadeiro dia D mas que na verdade não passa de mais um casamento entre muitos outros onde esse convidado/convidada há-de ir. Depois, no dia da boda, passam horas ao espelho a ver se a fatiota tem algum vinco que tem que ser corrigido à última da hora, se o piercing mais escondido combina com o verniz da unhinha do pé mesmo que este esteja escondido num qualquer sapato com salto que mais parece uma arma branca de tão fino que é.
Quando finalmente se decidem sair de casa, os ditos convidados vão como se tivessem saído de uma máquina de fazer convidados de casamento, tão direitinhos que vão. Durante os aperitivos que antecedem a cerimónio propriamente dita, e apesar de já haver um vincozito aqui e ali, as senhoras ainda se preocupam com manter a maquilhagem e os homens em manter a gravata sem qualquer mancha. É então que chega o copo de água e aí tudo descamba. Com o verdadeiro "alarvamento de comida" que são a maioria dos casamentos hoje em dia, os convidados começam a suar as estopinhas e a roupa lá começa a saltar do corpo como os peixes saltam no rio. Com o inicio do bailarico, aquilo que era no início um modelito de casamento passa a não ser mais do que um trapo que serve para tapar as vergonhas de homens e mulheres (mas só as físicas) porque com o alcóol as outras vergonhas vêm sempre à tona. No final, quando chegam a casa, e com uma dor de cabeça do tamanho do mundo (hummm de que terá sido a dor de cabeça?) é que percebem que já só estão a usar metade do modelito original e que afinal o sapatito que estão a usar não é bem o deles... AI OS CASAMENTOS...
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