18 de julho de 2012

Inspiração

Todos os dias somos encharcados das mais diversas solicitações. Dia após dia somos atafulhados de milhares de estímulos vindos dos mais diversos setores. Mas, na verdade, só um residual número dessas solicitações, desses estímulos, nos chama realmente à atenção, nos cativa, afinal, nos inspira.

Mas seremos realmente nós a escolher o que nos cativa? Ou estaremos dependentes do que muitos chamam o "fator x", do que outros chamam "almas gémeas"?

Diversas vezes acaba por ser a pessoa mais improvável, a situação menos natural de acontecer que nos centra a atenção, que nos obriga a olhar para fora de nós, que nos faz afinal de contas, ter inspiração!

Pode passar a música mais bonita na rádio que nem damos por ela, pode passar o anúnico mais brilhantemente executado na TV que nem nos lembramos do produto apresentado mas basta uma palavra, uma simples palavra de quem nos cativa para nos abrir o infindável mundo da imaginação, para nos levar nessa viagem que se chama sonhar, para nos dar inspiração para traçarmos novas metas para o presente e, acima de tudo, para colorirmos o futuro de novas cores.

É por isto que a cada dia que passa sinto essa vontade de ser cativado, essa necessidade de ser inspirado para dar largas à imaginação, essa vontade de tornar uma conversa banal num momento do dia...

E é por isto que só posso dizer OBRIGADO!

13 de junho de 2012

Um querer secreto

Mais que um querer é um segredo. Mais que uma vontade corre o risco de ser uma saudade. Mas, afinal, o que é um querer secreto? Uma falta de coragem? Um impossível desejo ou um desejo tornado impossível?
Se quero porque hei-de guardar? Mas se não guardar como hei-de querer?
É o lidar com o futuro que nos faz correr atrás do presente mas por outro lado como lidar com o presente para correr para o futuro? Será uma dicotomia tão grande ou apenas incertezas e inseguranças que povoam o segredo do querer?
Tudo tem um tempo, até o tempo tem o seu tempo mas que tempo terá o querer, que futuro terá um querer escondido? Afinal, do que serve um querer secreto?

10 de junho de 2012

Regresso


            Depois de uma longa ausência o Tudo com Todos está de volta...

Após meses e meses de pensamentos, ideias e projetos que por falta de tempo não fui podendo trazer "para aqui", decidi que a melhor forma de regressar seria com esta homenagem cheia de ternura e sentimento...

Se todos nós temos dias de "Chuva", a verdade é que o raiar do sol ficará mais perto de chegar se tivermos presente que sempre existirão "coisas que nos fazem sorrir"... E é na busca incessante dessas coisas, dessas emoções que ficaremos mais perto de atingir a felicidade. E é na busca incessante de novas descobertas, de novos sorrisos que ficaremos mais perto de encontrar "aquele brilhozinho nos olhos", de encontrar aquela praia onde o pôr-do-sol é mais lindo e brilhante que noutro lugar qualquer...

Enfim...

... é na procura do nosso trilho que poderemos viajar rumo à felicidade!

14 de março de 2011



No rescaldo das manifestações do passado dia 12, a única coisa que podemos concluir é que não temos em Portugal uma geração à rasca, mas sim, somos um país à rasca. Isto porque a manifestação não mostrou só a juventude, sem trabalho, ou com trabalhos precários e a recibos verdes, mas também muitas outras gerações, mais velhas, preocupadas com os filhos e o seu futuro, preocupadas com os seus empregos e a redução dos ordenados, indignados com o estado a que isto chegou.
Motivados pelas canções, ou pelo simples cansaço de ver as coisas a piorar dia para dia, foram muitos os que se juntaram à manifestação, mais do que se fazia prever. No meio das frases de luta, apareciam frases contra o governo, exigindo a sua demissão. No facebook já corre um manifesto para demissão do governo e ao que parece pretende-se sair do estado de povo calado para o estado de povo revoltado e em acção.
A isto tudo, o governo responde com mais medidas de austeridade, ou não, porque agora o sector do Golf será premiado com uma descida do IVA de 23% para 6%...sem dúvida uma mostra de que os bens essenciais nunca são prejudicados com estas medidas de austeridade. A prova de que afinal até são bonzinhos! O discernimento para perceber o que é essencial ou não é, o bom do mau é que está um bocadinho afectado, diria até que se calhar já se deve ter perdido há muito. E como estamos na Semana Internacional do Cérebro, resta-me apenas desejar, um cérebro novo para os mais necessitados.


9 de março de 2011


E é no regresso de um período de trabalhos demorados que se obtém finalmente o tal efeito boomerang que é falado em ética, e que consiste no retorno dos nossos actos, e que finalmente estará para breve, esperemos.

Neste período, e que praticamente se baseou em trabalho de programação que finalmente notei que embora ainda não seja a um nível muito avançado mas que deu para notar a liberdade que é possível obter ao fazer o nosso próprio programa.
Aos poucos e poucos deixamos de ter que usar maior parte dos programas disponibilizados na internet que por vezes estão bastante limitados, e começamos a fazer aquilo que queremos, quando queremos e conforme as nossas necessidades.
Embora requeira muita cabecinha e muita lógica, no fim acaba por se tornar bastante gratificante vermos o resultado do nosso trabalho.
E aqui fica um conselho a todos aqueles que têm a possibilidade de estudarem programação, que o façam, e verão que se tornará altamente útil e gratificante.
MB;

7 de março de 2011


Nos últimos dias fui confrontado com diversas situações que me fizeram questionar se, em geral, somos um país de visão curta.
Há cerca de uma semana, no final de um jogo de basquetebol, dei por mim a pensar até que ponto no desporto todos "remam para o mesmo lado". Se é verdade que o desporto é vital na formação dos jovens, não é menos verdade que é preciso cativar estes para a prática desportiva. Mas do que servirá treinadores, pais e dirigentes fazerem um bom "trabalho de captação" se uma "terceira equipa" insiste, por arrogância e sede de protagonismo, desvirtuar um jogo que, pelo respeito recíproco entre as duas equipas em competição, tinha de tudo para ser um chamariz para a modalidade? Será este o caminho para fomentar uma modalidade? Não me parece...
Ainda no desporto, FIFA e UEFA fizeram um ultimato aos "desalinhados" do futebol português. Como é possível compreender que uma minoria desestabilizadora consiga por em causa o trabalho de tantos e tantos apaixonados "pela bola", achando-se detentora de razão (perdida desde o momento em que toda a situação não passa de uma insuportável teimosia)? Aqui, de positivo, só espero que esta história das mil e uma noites  tenha o condão de levar os portugueses a olhar para outras modalidades que com tantos ou menos recursos dignificam o nosso país além-fronteiras, sem necessidade destas quezílias de trazer por casa.
Noutra área, neste caso no Festival da Canção, os portugueses acharam por bem dar a vitória aos "Homens da Luta". Com uma canção cheia de "significado local" numa altura em que o país atravessa dificuldades (esperadas pelos mais atentos ao longo dos anos), a verdade é que foge totalmente do que se pretende competir na Eurovisão. Imagine que não falava português: o que ia ver quando os "Homens da Luta" subissem ao palco seria um conjunto de pessoas trajadas com gosto duvidoso, com uns cartazes que não saberia o seu significado e a entoarem umas notas certas e outras erradas. Seremos assim competitivos na Europa? Também não me parece...
Por último, ontem, num programa de talentos da nossa TV ouvi um jurado aconselhar uma das participantes a não ser tão afirmativa nem a demonstrar tanto a confiança inequívoca que tinha nela mesmo, pois, segundo o mesmo, os portugueses poderiam não votar nela por esses motivos. Coincidência ou não, a verdade é que foi mesmo isso que aconteceu. Coincidência ou não é esta a grande diferença cultural entre nós e os outros países latinos: em Portugal preferimos o "coitadinho" ao "vencedor por mérito próprio". Em Portugal preferimos ouvir uma história de fazer chorar as pedras da calçada em vez de uma história de alguém que atingiu o sucesso confiando em si e nas suas capacidades. Então, se assim é, como queremos ter um país melhor, como queremos ter um país desenvolvido e que se afirme no panorama mundial, se muitas vezes ostracizamos quem por isso faz? Não será tudo, então, um problema de visão curta?...

28 de fevereiro de 2011


No Brasil o Carnaval já começou há muito. Aliás, nem se pode dizer que chegou a terminar, porque mal se limpam as ruas e se acabam os festejos, já se está a pensar no Carnaval do próximo ano. Para além das fantasias e carros alegóricos, há sempre um enorme investimento no corpo escultural que é imperativo nos desfiles. Muita festa, animação, bebida e um esquecimento total da realidade é um pouco do que acontece no Brasil por esta altura do ano.


Por cá, algo parecido acontece…Talvez não preparemos o Carnaval com tanta antecedência, ou cheguemos ao nível de fanatismo dos Brasileiros, mas já importámos muito do que lá fora se faz. Quer faça sol, vento ou chuva, as fantasias são levadas até ao minimalismo, porque o que convém é imitar os Brasileiros e espalhar calor e animação, já que de facto, nós cá não temos muito disso…

Mas não só de importações vivemos. Há Carnavais tradicionais de Portugal, figuras características que muitas vezes valem a pena ser recordadas. Para quem não conhece, apresento os Carretos que no concelho de Macedo de Cavaleiros, por esta altura do ano se passeiam pelas ruas.



Com trajes coloridos, de lã ou linho, máscaras de lata e vários chocalhos à cintura assinalam o fim do Inverno, para dar lugar ao início dos dias quentes e solarengos. Uma outra maneira de diversão, com menos samba, mas igualmente alegre e contagiante para nos alienarmos um pouco da situação atual e nos divertirmos. Porque afinal de contas a vida são dois dias e o Carnaval são três…



Tenham uma boa segunda-feira,

Sofia