Previna-se...ou não
Meus caros, esta semana falo-vos de um artigo, que li na revista deste mês “Vida Saudável”. “E se uma catástrofe lhe bater a porta”, com este título pensei eu, temos aqui um artigo de sucesso tendo em conta que o público-alvo é português. Ai de mim, querer denegrir a imagem do nobre povo e da sua nação valente, mas todos sabemos que, o que deixa o belo do português feliz é uma boa miséria para ver (por algum motivo o jornal da noite da TVI rebenta toda a competição nas audiências). Então se a miséria for a do vizinho, temos a novela feita.
O artigo aprofundava o procedimento a ter se uma catástrofe, como uma cheia ou sismo, atingisse o nosso país. Até aqui tudo bem mas, perdoem-me os que estão fartos do tema, a esta altura o meu cérebro já divagava por outras catástrofes que atingem neste momento a nossa pátria. Catástrofes políticas e jurídicas, que arrastam para a miséria e calamidade este nosso país à beira mar plantado. Mas deixemos essas para outra altura. Rebobinando…
Do artigo fazia parte uma lista intitulada “20 objectos prontos para sobreviver”. Era uma lista de material que deveria ter consigo, no caso de surgir uma emergência. Espantem-se com os seguintes itens salva-vidas: Primeiro, dois pares de luvas esterilizadas. Extremamente importante, pois numa situação por exemplo de cheia, pois o herói ao calçar as luvas de forma asséptica para resgatar a vítima, esta já deve estar a desaguar na foz mais próxima! De seguida, um anti-séptico para desinfecção da pele. Imagine-se num sismo e por favor, não se vai esconder debaixo da mesa antes de desinfectar as mãos, não é? Obviamente, não podia faltar uma chave-inglesa. Talvez para mandar a cabeça do larápio que comece a pilhar numa situação de catástrofe. Abstenho-me de comentar os outros artigos pedidos, mas não consigo conter a revolta dos meus neurónios noutro ponto. No meio desta vintena de emergência não consta, em lado nenhum, uma garrafa de água. Claro que me poderiam responder: então e vais beber a água enquanto te escondes debaixo da mesa ou enquanto o outro chega a foz? Também, vagueou na minha mente que alguém questionasse: água? Estamos em Portugal, se ainda fosse uma garrafinha de vinho ou uma “mine”! Aí eu teria que concordar convosco. No momento exacto da catástrofe, além de um espírito de bom samaritano e boas reacções primárias (instinto animal talvez), uma boa dose de disposição cai sempre bem. Mas após o pico de adrenalina e enquanto espera pela ajuda, um bocadinho de água potável ia ser-lhe muito útil especialmente com uma pitada de açúcar de forma a garantir que não desfalece depois do choque inicial! Mas se calhar sou só eu…
Nesta altura só me resta perguntar, qual o objecto que era importante ter consigo numa situação de catástrofe? Aceitam-se apenas ideias originais!
by Maria
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