31 de dezembro de 2009

2ª Visão

Depois da recente tentativa de atentado num avião que fazia o voo Amesterdão/EUA, o governo da "super potência" decidiu reforçar as medidas de segurança nos voos com destino àquele país...
Até aqui tudo bem, afinal é "problema deles" o reforço da segurança... Mas, no seguimento desta notícia, tive a oportunidade de ver as mudanças que a SATA já fez para estar de acordo com os novos critérios. E foi aqui que a "porca torce o rabo"!
Logo no início da dita reportagem fiquei espantado com a naturalidade com que o responsável da SATA admitia que seria necessário os passageiros chegarem ao aeroporto "o mais cedo possível" (quererá isto dizer que têm que chegar com dias, meses ou anos de antecedência?), pois a demora em todo o processo de embarque seria naturalmente maior! Naturalmente maior?! Quer dizer que agora, o cliente deixa de ser o mais importante em troca com qualquer ideia que os EUA tentem impingir?! Onde está a preocupação com o conforto dos clientes?
Mais a frente, fiquei a saber que os passageiros, na altura do check-in têm que preencher alguns formulários com perguntas do género: "porque motivo vai aos EUA" ou "foi você que preparou a sua mala?". Onde está a privacidade dos passageiros? Como poderão todas as entidades responsáveis aceitar esta invasão de privacidade sem nada dizerem, e, pior, acenando como se fosse uma coisa naturalíssima?! Será que chegámos ao ponto que todas as medidas que os EUA quiserem impôr terão que ser aceites e elogiadas sem um pingo de censo crítico?!
Que cada país tente acautelar ao máximo a segurança, acho muito bem, tem o direito e o dever de o fazer! Mas que para isso ponha em causa os princípios básicos do respeito pelos cidadãos do resto do mundo, isso já não consigo aceitar!
Na verdade, e perante tais medidas, acredito que haja países tão ou mais atractivos de serem visitados por turistas e que garantem um maior conforto e respeito a estes!
Entre uma ida a Nova Iorque ou Amesterdão, eu não hesitaria: Amesterdão sem dúvida!
Mas se calhar a ideia até é essa: afastar os "turistas forasteiros" do todo-poderoso EUA...

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