15 de dezembro de 2009

Falem para a parede

Imaginem...


Imagine-glee from Missphoenix on Vimeo.



Imaginar, permite tanta coisa, podemos divagar por um mundo completamente novo e criar uma escapatória para praticamente tudo. No entanto, todos sabemos que é muito mais fácil imaginar algo de positivo, ou imaginarmo-nos numa situação mais agradável do que numa menos boa, raramente conseguimos imaginar-nos numa situação pior do que a nossa (por muito que a nossa boca, o diga com uma facilidade incrível, eu imagino, claro que imagino, imaginamos uma ova). Mas o que vos peço para imaginarem desta vez é algo que inicialmente vos pode parecer uma situação pior que a vossa mas que, pelo menos eu, vim a descobrir recentemente, não o é. É sim e apenas uma situação diferente da nossa.
Imaginem então que de um dia para o outro acordaram impossibilitados de ouvir, acordaram surdos. Imaginem o silêncio continuo a vossa volta (não digo que nos primeiros 5 minutos não seja agradável) imaginem o silêncio durante dias a fio, não perceberem quando vos chamam, não perceberem o que os outros vos dizem, quererem comunicar e não conseguirem! Parece o fim de mundo, não? Pois não é, alias é algo muito mais frequente do que possam imaginar. O número de surdos no nosso pais é cada vez maior e a tendência é para aumentar (mandemos um agradecimento aos auscultadores do mp3, discotecas e afins por este facto). Ou seja, muito em breve convém que estejamos preparados para o cenário imaginado se tornar real ou em nós ou em alguém próximo de nós. Ora isto leva a uma questão fulcral, como vamos comunicar depois disto, apesar da grande pergunta a resposta é muito fácil, língua gestual portuguesa. Conhecida por poucos infelizmente mas muito útil a muitos. Hoje em dia todos querem ser uns poliglotas, um bom empregado é aquele que apresenta um discurso deste tipo: eu falo português a minha língua materna (e as vezes ate essa falam mal) inglês, francês, espanhol, alemão, árabe, chinês....tudo e mais alguma coisa até latim se for preciso, a língua dos mortos mas esquecem-se do básico, a língua dos vivos e uma língua que ainda é portuguesa, a língua gestual.
O vídeo mostra uma realidade que actualmente e maioritariamente só existe mesmo no campo da imaginação, mas não custa pensar que isto é possível, não custa pensar que um dia, antes das nossas crianças aprenderem inglês quando ainda nem português sabem falar e escrever, irão aprender língua gestual...imaginem lá essa realidade.
by Maria

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