Depois da "crise económica", veio a "crise meteorológica"...
Se primeiro foram os bancos que foram à vida, se foram grandes empresas que ruíram sobre as suas estacas mais frágeis do que se pensava, agora foram as verdadeiras casas, as verdadeiras tragédias no seio do nosso povo que vieram à cena.
E se em ambas as situações se empregou a palavra "crise", outras semelhanças se podem também encontrar...
Senão vejamos: i) Em ambos os casos, aparecem empresários cheios de guito a carpir que nem Madalenas arrependidas, quando as verdadeiras vítimas são aquelas "sem nome", sem espaço televisivo;
ii) Se no caso da crise económica, era o Ministro da Economia que aparecia a "passear" pelos estragos financeiros, agora foram o Primeiro Ministro e o Presidente da República que decidiram ir dar um ar da sua graça a alguns dos locais mais assolados pela chuva... mas pergunto eu: o que foram lá fazer? Passear os seus fatos Armani e afins enquanto as populações estavam mergulhadas em lama?
iii) Tal como na crise financeira, esta crise meteorologica veio mostrar falhas na "supervisão", ou seja, se houvesse um planeamento urbano correcto, alguns dos movimentos de terras e desabamentos teriam sido evitados. Mais uma vez, se prova que só depois da casa roubada, se põem trancas à porta...
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