Lloret del Mar - Paraíso ou Início do Inferno?
Todos os anos, por esta altura, milhares de menores portugueses viajam até Lloret del Mar a fim de comemorar o final do Ensino Secundário. E todos os anos, por esta altura, se ouvem histórias "menos boas" acerca de cenas passadas na dita terra. Seja por consumo excessivo de álcool, seja por episódios de violência, seja (tal como este ano) por fins trágicos. Mais do que condenar todos os jovens que vão "na onda de Lloret", mais do que "exterminar" as viagens de finalistas é necessário perceber onde nascem estes episódios.
Com certeza que não são os ares de Lloret que incitam a uma bebedeira; de certeza que não é a mudança de língua que incita à violência! Então, onde estará o problema?
Não será, muitas vezes, o problema fruto da passagem da total protecção paternal para a liberdade "sem limites" que um menor sente aquando da chegada a Lloret?
Não será, muitas vezes, o problema fruto dos supostos monitores das agências de viagens, que mais não são do que "parceiros da aventura" em vez de guias ou contrapeso dos jovens adolescentes?
Não será, muitas vezes, a mistura do conceito "liberdade" com o conceito de "libertinagem"? Se sim, de quem é a culpa? Se sim, não estaremos perante uma "crise de aprendizagem de valores"? A verdade é que entre milhares de jovens que anualmente decidem rumar até terras espanholas, ouvem-se no máximo, umas dezenas de "tristes histórias"? E porquê? Porque é que Lloret só "fará mal" a alguns? Não estarão muitas vezes os jovens a ser "vítimas" da sua sede de liberdade e independência?
Mais importante que encontrar "um culpado", que condenar uma terra, é necessário todos os intervenientes (adolescentes, pais, monitores e agências de viagens) pararem para pensar e tentarem inverter esta tendência de degradação das viagens de finalistas, para aquilo que elas devem representar: uma festa de final de ciclo.
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