Rock in Rio... um mar de contradições
Se observarmos com atenção o fenómeno Rock in Rio Lisboa, facilmente encontramos um sem número de paradoxos...
Desde logo a começar pelo nome: que "transplantassem" o Rock in Rio "brasileiro" para um Rock in Rio Tejo ainda seria aceitável, agora para um Rock in Rio Lisboa? Será este um afluente do Tejo?...
Depois, todo o evento se passa no Parque da Bela Vista, que com pós de perlimpimpim, vira Cidade do Rock. Então mas antes de se virar cidade, não é necessário ser-se vila?
Mas vá, sendo condescendente e aceitando que, como por magia, um parque passe a cidade, como é possível denominar "Cidade do Rock", um lugar onde vai actuar a Mariza? Não será o mesmo que chamar uma Casa de Fados de Discoteca? Ou que chamar a Assembleia da República de Fórum de Trabalho?
Depois, no "Dia da Família", os presentes vão ter que assistir ao concerto dos D'ZRT... Já imaginaram as avózinhas a verem aqueles "matulões aos pulos", felizes como se soubessem cantar? Ao menos em frente à TV sempre se pode fazer zapping...
Mas, considerando que as vóvós faziam os sacrifícios de ver aqueles matulões pelos netinhos, como se pode querer fazer um "Dia da Família", quando um bilhete custa o módico valor de 58 euros?! Não deveria ser antes o "Dia da Família de classe A"? Será por este facto que um dos patrocinadores é o Millennium BCP?
E por falar em patrocinadores, o que dizer do patrocínio da Colgate? Será que é para termos a garantia que todos os artistas vão com um hálito fresco?
E o patrocínio da BP, será para justificar o aumento irracional dos combustíveis? "Pague mais 1 cêntimo por litro, tenha o nosso patrocínio no Rock in Rio"?...
Sem comentários:
Enviar um comentário