15 de julho de 2010


Ficámos a saber esta semana que um dos planos do Governo para a contenção do défice na saúde contempla a restrição dos meios de diagnóstico, ou seja, "adeus exames médicos"!  Se analisarmos bem esta pretensa medida, poderemos estar perante a medida do século! Se num primeiro momento pode parecer uma medida superficial de contenção de despesas, ao reflectirmos, vemos que é precisamente o contrário... Senão vejamos: se não há exames de diagnóstico, os médicos não podem diagnosticar; se os médicos não podem diagnosticar, não precisamos de Serviço Nacional de Saúde, logo aqui poupam-se uns bons milhões de euros; se não há Serviço Nacional de Saúde, todos os "não-ricos", ficarão sem acesso a cuidados médicos decentes; se os "não-ricos" ficam sem acesso a cuidados médicos, então morrem; se morrem, então o Estado poupa mais uns milhões de euros em subsídios de desemprego e em restituições de IRS. Seria o adeus aos PEC's, o adeus às crises, o adeus aos 10 milhões de habitantes!


Ainda na Saúde, ficou-se a saber que o Hospital Júlio de Matos irá perder metade dos seus psicólogos. Dizem as más-línguas que alguns destes profissionais vão passar de médicos a pacientes e outros foram contratados no mercado de transferências deste Verão directamente para a Assembleia da República.

Por outro lado, um estudo revela que um em cada cinco jovens não lava os dentes. É a saúde oral portuguesa que está em risco! As Associações Académicas, um pouco por todo o país, já estão a organizar manifestações a favor da introdução da Educação Sexual nos planos curriculares dos cursos universitários!


Na Economia, a taxa Euribor no crédito à habitação continua a crescer apesar de haver um número cada vez maior de casas por habitar. Na verdade, aqui não há nada de novo, pois esta situação também já se manifestou na sexualidade dos portugueses: apesar da existência do comprimidinho milagroso de seu nome Viagra e do aumento do seu consumo, há cada vez mais portuguesas por habitar por esse país fora!

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