O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita
Ou numa analogia "futebolística": Selecção conduzida por Carlos Queiroz, tarde ou nunca ganhará...
Se é verdade que desde o desaire com a Espanha, apareceram muitos "velhos do Restelo retardados", também não deixa de ser verdade que muitos outros (nos quais me incluo) sempre se mostraram renitentes com o trabalho "do Professor"...
E são estes últimos que também "lutam" contra o "bota-abaixo fácil" de uma parte dos portugueses, pois os mesmos que proclamavam há dias que Portugal iria ser campeão do Mundo, são os que agora "enterram vivos" toda uma Selecção.
Será justo meter no mesmo saco, jogadores que apenas cumpriam ordens e "destabilizadores"? Será justo meter no mesmo saco uma equipa técnica que de competente não terá muito e jogadores que derramaram suor e lágrimas (literalmente...)?
A primeira e grande lição deste Campeonato do Mundo deveria ser que Portugal não vive às custas do futebol e todos os excessos praticados em prol deste desporto só nos levam a um abismo económico-financeiro cada vez maior. Acredito piamente que "quanto maiores são as dificuldades de um país, mais os seus habitantes param para ver a bola a rolar"...
E o que dizer quando o Seleccionador Nacional vem orgulhar-se por termos saído da competição quando fomos derrotados por uma das melhores equipas europeias, tentando assim tapar o sol com a peneira? Estará a crítica preocupada com a saída nos oitavos de final? Eu não, de certeza! O que me preocupa é a escassez de ideias de jogo, é o claro "medinho" de arriscar, de ser ousado, de, afinal de contas, fazer aquilo para que foram à África do Sul: jogar futebol. E quando Queiroz diz: "não estou aqui para ser amigo dos jogadores", estará ele a pensar como treinador ou como professor de educação física? Sim, porque a meu ver, um verdadeiro grupo só se constrói onde os valores intrínsecos da amizade estão presentes... Só com vontade de dar o corpo às balas pelo companheiro de equipa é que é possível construir um grupo forte! Só com a confiança (implícita numa amizade) é que jogadores cumprem de olhos fechados o que lhes é pedido por um treinador. Só com a confiança (implícita numa amizade) é que um treinador pode ter a certeza que em campo os "seus" jogadores não o vão deixar mal e vão conseguir atingir os objectivos!
É por tudo isto que Queiroz pode ser "o Professor da tecnologia" no futebol, mas deixa muito a desejar como "treinador de campo", como "treinador de um grupo"...
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