19 de fevereiro de 2011


Será que "estou ocupado", "ando ocupado", "estarei ocupado" quer dizer apenas isso mesmo? Ou quererá dizer antes "agora não tenho tempo para ti", "preciso de tempo para mim", "irei tirar umas férias de ti"?
Será o tempo dono do Homem ou o Homem dono do tempo? Não é verdade que somos nós que traçamos o nosso caminho? Se sim, porque insistimos em dizer que estamos "ocupados" em virar à direita ou à esquerda, quando na verdade só não o fazemos porque nos apetece seguir em frente?
Se sim, porque não assumimos de uma vez por todas as nossas escolhas, as nossas decisões? Todos temos direito a escolher, todos temos o dever de escolher por mais difícil que seja essa escolha. Afinal, não é essa decisão que faz de nós bestas ou bestiais? Não é cada caminho traçado, não é cada caminho recusado que faz de nós bons ou maus da fita? Então assuma-se esse poder decisão. Corte-se a saída fácil do "ocupado", opte-se por um "não quero" ou por um "claro que quero". Por muito que possa doer a frontalidade deve ser uma virtude e não um defeito. Se quero saber com o que posso contar, devo também demonstrar com o que podem contar. Talvez se esta pequena coragem fosse "desígnio mundial" não estaríamos na crise de valores em que nos encontramos hoje. Talvez se esta pequena coragem deixasse de o ser e passasse a ser "a atitude habitual" de todos nós, houvesse mais confiança e entre-ajuda e consequentemente um mundo melhor...

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