Segunda-feira…
Um dia importante, complicado, o regresso a uma semana que se prevê quase sempre com muito trabalho. Ora com a férias a acabar, para muitos, esta representa o regresso ao trabalho ou o regresso às aulas!
Regresso ou ingresso numa coisa completamente nova e imprevisível. Um novo emprego, nova escola, ou faculdade.
Este ano mais de 45 mil alunos entraram numa das faculdades do nosso país. A maioria conseguiu entrar numa das primeiras três opções. As admissões aumentaram bastante estes últimos anos e poderia continuar a dizer números. Muitos conseguiram finalmente concretizar o sonho de entrar no curso pretendido.
Os números que chegam até nós são os de sucesso, porque nesta altura de eleições convém sempre fazer notar os números do sucesso. Apregoar os cursos com novas oportunidades, dizer que continuamos com a mesma exigência nos exames, nas aulas e os resultados estão a melhorar. Mas será que esta exigência é mesmo mantida?
Não se nega a importância de cursos com novas oportunidades de formação, outras saídas, tanto para faculdades como directamente para o mercado de trabalho. Mas se há pessoas que de facto os aproveitam, e lhes dão sentido à existência, a realidade é que muitos continuam a passear os livros nas escolas.
É impressionante como chegam alunos que mal sabem construir textos ao 10º ano. Impressionante e difícil de entender. Mas o que é certo é que acontece!
Têm o 9º ano…mas será que de facto temos uma sociedade mais culta?
E o que é mais importante? Trabalhar para os números de sucesso aumentarem, ou trabalhar para formar bons cidadãos?
Tenham uma boa segunda-feira,
Sofia
Um dia importante, complicado, o regresso a uma semana que se prevê quase sempre com muito trabalho. Ora com a férias a acabar, para muitos, esta representa o regresso ao trabalho ou o regresso às aulas!
Regresso ou ingresso numa coisa completamente nova e imprevisível. Um novo emprego, nova escola, ou faculdade.
Este ano mais de 45 mil alunos entraram numa das faculdades do nosso país. A maioria conseguiu entrar numa das primeiras três opções. As admissões aumentaram bastante estes últimos anos e poderia continuar a dizer números. Muitos conseguiram finalmente concretizar o sonho de entrar no curso pretendido.
Os números que chegam até nós são os de sucesso, porque nesta altura de eleições convém sempre fazer notar os números do sucesso. Apregoar os cursos com novas oportunidades, dizer que continuamos com a mesma exigência nos exames, nas aulas e os resultados estão a melhorar. Mas será que esta exigência é mesmo mantida?
Não se nega a importância de cursos com novas oportunidades de formação, outras saídas, tanto para faculdades como directamente para o mercado de trabalho. Mas se há pessoas que de facto os aproveitam, e lhes dão sentido à existência, a realidade é que muitos continuam a passear os livros nas escolas.
É impressionante como chegam alunos que mal sabem construir textos ao 10º ano. Impressionante e difícil de entender. Mas o que é certo é que acontece!
Têm o 9º ano…mas será que de facto temos uma sociedade mais culta?
E o que é mais importante? Trabalhar para os números de sucesso aumentarem, ou trabalhar para formar bons cidadãos?
Tenham uma boa segunda-feira,
Sofia
2 comentários:
pior é perceber como é que esses estudantes chegam ao ensino superior e ao fim de 3 anos, ainda nem o 1.º ano de licenciatura concluíram. e depois usam as desculpas das associações para justificarem as suas irresponsabilidades.
são precisos cidadãos, são precisas pessoas de carácter!
olá sofia.
Isso levanta as tais questões: afinal o sucesso escolar que se tem verificado é válido ou não? Estamos a caminhar para uma sociedade mais instruída, ou apenas a criar números que nos ficam bem? Há facilitismo?
Eu não tenho competências para julgar, mas pelo que tenho ouvido da Sociedade Portuguesa de Matemática, há qualquer coisa que não está bem, ou pelo menos que está diferente.
Também noto um número crescente de erros irritantes de português, como o uso do hífen para conjugar imperfeito do conjuntivo -.-'. Não me parece sinal de mais cultura e instrução.
Bem, "no meu tempo" (eu detesto dizer/escrever isto porque ainda sou muito novo, mas tanta coisa mudou em tão pouco tempo, que o termo é quase justificável) não havia o Magalhães, mas quem quisesse e trabalhasse tinha sucesso.
Mas isto é apenas a minha modesta opinião.
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