16 de janeiro de 2011



Esta semana ficámos a saber que o submarino, que se tivesse orelhas as tinha a escaldar, afinal já "mete água". Páginas e páginas de jornais depois, sessões e sessões da Assembleia da República depois, eis que o dito cujo murchou (e sim, para os mais marotos estou a falar no submarino). Se alguns alegaram a sua compra com a necessidade de garantir uma boa defesa marítima, eis que o próprio material os veio desmentir, afinal defesa só se for suicida com um submarino que logo à partida se apresenta defeituoso.
Pelo que consta, o aparelho não resiste às águas do Atlântico... Ora essa, que línguas viperinas estas que criticam os senhores que investiram o dinheiro que Portugal (não tem) no material! Afinal, como é que os senhores haviam de saber que o bicho era para ser usado em tal Oceano?! Não teria mais lógica usá-lo no Pacífico ou no Índico? Ups... se calhar não...
E o que dizer daqueles que vêm dizer agora que afinal a deficiência do submarino é uma "questão quase estratégica" pois há que o "testar" enquanto está na garantia?! Senhores leitores, já sabem, quando comprarem um veículo ou um electrodoméstico, risquem-no, espetem-no, estraguem-no enquanto está na garantia, afinal só estaremos a seguir a estratégia nacional!
Sempre se ouviu dizer que "os ratos são os primeiros a abandonar o navio"... 
Agora, eu atrevo-me a refazer este ditado: "os políticos são os primeiros a abandonar o submarino"...

Dc

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