23 de janeiro de 2011


Esta semana a 2ª Visão chegou mais tarde com o intuito claro de poder fazer já um balanço das Presidenciais2011. 
Balanço esse que ao contrário das habituais lenga-lengas partidárias pretende ler de forma objectiva e sem demagogias os resultados apurados.
Sinal da pouca importância que os partidos políticos dão a esta eleição, é o já apontar armas em direcção ao "verdadeiro poder" governativo. Alguns dos vencidos, mais do que proclamarem os méritos do vencedor ou os deméritos dos derrotados, preocuparam-se em colar esta votação ao "descontentamento generalizado" do povo português com o seu Governo. Mas será isto mesmo verdade? Será esta votação sinal claro desse descontentamento? Se sim, porque não eleger antes um candidato que "obviamente demitisse" este Governo assim que os seus poderes o permitissem, em vez de elegerem um candidato que à parte de umas picardias, tem cooperado institucionalmente com o Primeiro-Ministro e seu staff?
Porque se "esquecem" todos os partidos de referir os resultados mais do que positivos da candidatura independente de Fernando Nobre? Será que não lhes interessa admitir que os portugueses estão cada vez mais a divorciar-se dos partidos políticos e a aderir àqueles que lhes merecem respeito por mérito e excelência? Não será este facto muito mais relevante do que a habitual luta entre esquerda e direita? Não será este um factor sociológico merecedor de estudo e reflexão por parte de todos nós? O que aconteceria se nas próximas Legislativas uma candidatura independente ganhasse ainda maior relevância no panorama político português? A quem beneficiaria ou a quem prejudicaria?
São estas as perguntas em que devemos reflectir a partir de hoje...

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